Desde meados da década de 1970, a música sertaneja se tornou um verdadeiro
patrimônio cultural brasileiro. Sendo assim, não são poucos os artistas que
buscam um lugar ao sol no estilo – o que explica porque temos tantas duplas
sertanejas em ascensão no Brasil. Dessa forma, vamos te mostrar 5 curiosidades
sobre sertanejo que você não sabia!
Mais do que um estilo musical, a música sertaneja se tornou um verdadeiro estilo
de vida. Isso porque o ritmo dita moda no país, uma vez que os amantes do ritmo
seguem seu próprio estilo. Além disso, o sertanejo brasileiro já se tornou
internacional, uma vez que os europeus adoram curtir esse estilo.
Então, desde o sertanejo raiz até o agropop, muitos foram os artistas que
passaram neste segmento. No entanto, alguns deles não vingaram tanto e,
dessa forma, vamos te mostrar algumas curiosidades sobre a música sertaneja
que você provavelmente não conhece. Confira abaixo!
1 – A dupla “Fernando & Fernando”
Índece
Não é novidade para ninguém que duplas sertanejas sempre usavam
codinomes. Inclusive, a maioria deles sequer usa seu nome verdadeiro – isso
explica porque Zezé Di Camargo e Luciano usam esses nomes, já que se
chamam Mirosmar e Welson.
Contudo, uma dupla sertaneja chama bastante atenção pelo nome: Fernando &
Fernando. Já ouviu falar? Bem, é provável que não, já que eles usam o codinome
Fernando & Sorocaba. Na verdade, por também se chamar Fernando, o Sorocaba
decidiu adotar um novo nome.
Sendo assim, ele usou o famoso Sorocaba como uma homenagem a um apelido
antigo, criado por ele ter nascido na cidade de mesmo nome.
2 – Fio de Cabelo
Um dos maiores clássicos da música sertaneja, “Fio de Cabelo” quase não foi
parar nas mãos de Chitãozinho & Xororó. Isso porque o hit foi oferecido a diversos
cantores na década de 1970, incluindo João Mineiro e Marciano, mas, acabou não
dando certo.
O resultado foi só um: o hit foi passado para Chitãozinho e Xororó, que ganharam
o maior sucesso da carreira. Aliás, vale citar que a música recebeu diversas
críticas no seu lançamento, especialmente de apresentadores de TV da época.
Problemas a parte, a música foi um verdadeiro sucesso, levando a dupla a um
novo patamar na carreira. Desde então, o que não faltam foram outros sucessos
na conta de Chitãozinho e Xororó….
3 – O violão roubado
Inezita Barroso foi um dos grandes nomes da música caipira no passado. No
entanto, um dos seus grandes diferenciais era o seu violão, completamente
almejado por Dorival Caymmi.
Na década de 1950, Dorival Caymmi sempre se ofereceu para comprar o violão
de Inezita. Ele afirmou que o instrumento tinha uma afinação diferenciada, o que
o levaria a outro patamar. Contudo, Inezita sempre se recusou a vendê-lo, mas,
acabou ficando sem o violão também.
Isso porque ela emprestou o violão de um amigo enquanto o seu estava no
conserto, mas, ele acabou sendo roubado. A consequência? Bem, ela precisou
entregar seu próprio violão para compensar o amigo…
4 – Chororó?
Mesmo que você não seja fã de música sertaneja, com certeza você já deve ter
ouvido alguma música de Chitãozinho e Xororó. Mais do que isso, com certeza
sabem que Xororó se escreve com “X”. Mas, se contarmos que a grafia nem
sempre foi assim?
Durante a década de 1970, antes dos grandes sucessos da dupla, os irmãos já
tinham um tempo na estrada, inclusive já haviam lançado o LP “Moreninha linda”.
Mas, se você perceber o nome que consta na contracapa, verá que está escrito
“Chororó”.
Apesar do diferencial, o LP não chegou a ser um grande sucesso, mesmo
reunindo algumas canções presentes na trilha sonora de “No Rancho Fundo”, um
filme de 1971. Não se sabe o que ocorreu, mas pouco tempo depois a grafia
mudou para o Xororó que conhecemos hoje.
5 – 73% das músicas tocadas nas rádios brasileiros são
sertanejas
Como mencionado, além de ser um estilo bastante antigo, o sertanejo também
movimenta um grande mercado. Hoje, o que não faltam são artistas e duplas se
lançando no estilo, pretendendo o estrelato nesse segmento. Neste sentido, não é
de se estranhar o enorme consumo de sertanejo no Brasil.
Na última década, pesquisas de rádio mostram que 73% das músicas tocadas
nas estações são sertanejas. Entre as maiores popularidades, estão artistas
como Marília Mendonça, por exemplo. Por outro lado, vale citar que o mercado
sertanejo não é tão competitivo como outros, favorecendo esses números.
Na prática, as duplas sertanejas não rivalizam entre si. Dessa forma, fica mais
fácil criar um hit conjunto para estourar nas rádios. Além disso, o sertanejo
também domina outras plataformas, como streaming e Youtube. Portanto, não é
difícil perceber que o estilo é facilmente o mais consumido do Brasil.
Por fim, é esperado um crescimento exponencial do ritmo nos próximos anos,
mesmo que ele já esteja no auge. Sendo assim, não é estranho ver novas duplas
sertanejas a cada esquina do Brasil.
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